Na última segunda-feira, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o reajuste do salário mínimo, definindo o valor em R$1.518,00 para 2025. Isso simboliza um crescimento de R$106 mensais na renda do trabalhador formal. O novo valor já está em vigor e vai impactar os salários recebidos a partir do mês de fevereiro.
O reajuste de 7,5% considera a inflação de 2024 e o crescimento da economia brasileira, medido pelo Produto Interno Bruto – PIB.
Mas, segundo um estudo da CNN Brasil, o preço do almoço fora de casa cresce mais do que o salário mínimo em cinco anos. O valor médio da refeição completa cresceu cerca de 49% desde 2019, subindo de uma média de R$35 para R$52 em apenas 5 anos.
O avanço dos valores de alimentação não acompanha a renda da população, já que o salário mínimo teve um incremento de apenas 41% no mesmo período. Segundo o instituto de pesquisa +Valor, da Ticket, as refeições consomem 15% da renda de quem ganha cinco salários mínimos e 24% de quem ganha até três salários.
Sem vale-refeição uma pessoa gastaria aproximadamente R$1.032,23 em almoços durante uma semana de trabalho. Com a cesta básica de R$709,28 somada ao custo de refeições, a despesa pode representar até 100% da renda.
O Direito Trabalhista do Vale Alimentação e do Vale-Refeição: Benefícios e Impactos
O direito ao vale alimentação e ao vale-refeição é um dos aspectos mais relevantes da legislação trabalhista brasileira, regulamentado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e fortalecido pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).
Esses benefícios, além de contribuírem para a segurança alimentar, desempenham um papel crucial na promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores.
De acordo com pesquisa realizada pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) em 2023, trabalhadores que recebem vale-alimentação ou vale-refeição têm até 35% mais chances de adotar hábitos alimentares saudáveis.
Isso ocorre porque esses benefícios permitem acesso a alimentos mais nutritivos, como frutas, verduras e proteínas de qualidade, que muitas vezes são inacessíveis sem o subsídio financeiro proporcionado pelas empresas. Como resultado, a melhoria na qualidade da dieta reflete diretamente na produtividade, redução de afastamentos por motivos de saúde e maior engajamento dos trabalhadores.
Do ponto de vista corporativo, oferecer vale-alimentação e vale-refeição não é apenas um diferencial competitivo, mas também um fator primordial na atração e retenção de talentos.
Uma pesquisa da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) em 2024 apontou que 78% dos trabalhadores consideram os benefícios relacionados à alimentação como determinantes para escolher uma vaga de emprego ou permanecer em uma organização. Esse dado reforça a importância de um pacote de benefícios bem estruturado para a satisfação e fidelização dos colaboradores.
Economicamente, os impactos também são significativos. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que benefícios como o vale-alimentação podem representar até 20% da renda média mensal de um trabalhador. Esse acréscimo alivia pressões financeiras e contribui para uma maior circulação de recursos na economia local, uma vez que a maioria dos valores é utilizada em supermercados, feiras e restaurantes.
O direito ao vale-alimentação e ao vale-refeição vai além de uma obrigatoriedade legal: é um instrumento que beneficia tanto os trabalhadores quanto as empresas. Proporciona uma alimentação mais saudável, impacta positivamente a saúde e a qualidade de vida, e fortalece o vínculo entre colaborador e empregador. Em um cenário competitivo, esses benefícios são uma estratégia eficaz para impulsionar o bem-estar e a eficiência no ambiente corporativo.
A forma mais fácil de oferecer esse benefício é através de um Eucard. O cartão alimentação Eucard é um benefício mensal que substitui a cesta básica e permite vantagens contábeis. O cartão é aceito em toda a rede credenciada Eucard e entrega ainda mais liberdade e flexibilidade ao portador. Já o vale refeição substitui o vale em dinheiro, desonerando a folha de pagamento e permitindo ao portador mais liberdade de escolha na hora de fazer as refeições diárias.
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