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Como elaborar um plano de benefícios? O guia completo

Por

Matheus Vieira

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Como elaborar um plano de benefícios? O guia completo

Se você chegou até este artigo, certamente, já sabe das inúmeras vantagens que oferecer benefícios aos colaboradores proporciona às empresas. Sendo assim, é natural que esteja pesquisando sobre as melhores estratégias para implementar um bom plano de benefícios internamente. Por isso, te asseguro que chegou ao local certo!

Porém, quero chamar a sua atenção para o fato de que, cada vez mais, os benefícios estão sendo verdadeiros aliados dos profissionais na hora de escolher uma vaga. Principalmente ao escolher por empresas que já entenderam que uma boa oferta de benefícios deve gerar valor para as pessoas — e nem sempre isso significa altos investimentos financeiros.

Benefícios como flexibilidade de horários e de atuação em formatos home office ou híbrido, por exemplo, estão entre as vantagens mais valorizadas e condizentes com a nova realidade das pessoas.

Mais do que nunca, as organizações mais atentas planejam ações que visam, acima de tudo, o bem-estar do colaborador. E isso é importante para 55% dos trabalhadores.

No entanto, especialistas alertam que a tendência é que haja um aumento expressivo desse tipo de conscientização de ambas as partes. Continue para entender como colocar essa estratégia em prática na sua empresa!

O que é um plano de benefícios, afinal?

Um plano de benefícios são vantagens oferecidas pela empresa além dos direitos básicos de todo trabalhador, como vale-transporte e 13º. É um complemento da remuneração dos profissionais e são tão importantes quanto a remuneração em si, pois oferecem mais economia e praticidade aos colaboradores.

O plano de benefícios deve ser visto como um diferencial competitivo entre as empresas, já que grande parte delas se atentam em oferecer apenas as assistências básicas. Por isso, um bom plano pode ir além do trivial e colocar a empresa em outro patamar quando o assunto é atração de profissionais qualificados e retenção do seu pessoal.

Por que é importante ter um plano de benefícios para as empresas e colaboradores?

Ainda que as empresas tenham um relacionamento estreito, respeitoso e amigável com seus colaboradores, poucas coisas são mais relevantes do que ter dinheiro para realizar projetos e qualidade de vida no trabalho.

Nesse sentido, os benefícios corporativos se destacam como motivador do engajamento no ambiente corporativo, pois eles permitem que as pessoas economizem, realizem seus projetos e tenham mais satisfação com a empresa. E você sabe, colaborador satisfeito:

  • tende a produzir mais;
  • veste a camisa da organização;
  • compromete-se com as reais necessidades da empresa;
  • influencia positivamente os colegas;
  • auxilia nos momentos de crises internas;
  • permanece mais tempo na empresa;
  • trabalha com engajamento e motivação;
  • contribui para um clima organizacional mais leve e saudável;
  • deseja crescer e se desenvolver continuamente na companhia.

Ainda que esses benefícios estejam relacionados diretamente ao profissional, não há dúvidas que as consequências disso são percebidas no dia a dia da empresa, concorda? Quando existem bons investimentos no time, não existe um lado que perde nessa história, só há ganhos.

Passo a passo para fazer o seu plano de benefícios – 9 práticas indispensáveis

Existem diversas maneiras de colocar um plano de benefícios em prática, mas aqui selecionamos os passos mais estratégicos e eficientes para o seu RH ter sucesso nessa jornada. Veja como eles podem ajudar!

1. Defina o orçamento

Ainda que a intenção seja a melhor, propor melhorias para o seu time, não é possível colocá-las em prática se não existe orçamento disponível, concorda? Por isso, o primeiro passo é certificar-se do budget que a empresa tem para esse fim.

Identificar e definir o valor do orçamento voltado para a implementação do plano de benefícios ajuda não só a traçar as estratégias focadas no tamanho da verba, como a distinguir se o que cabe no budget é interessante de ser implementado ou se é melhor esperar o momento em que a empresa terá meios para oferecer o que realmente vale a pena.

Além disso, para saber o orçamento que terá disponível, é preciso levar em conta os benefícios obrigatórios e não obrigatórios que já são oferecidos pela empresa, como vale-transporte, 13º salário, vale-alimentação ou refeição, entre outros.

Somadas, essas vantagens devem ser acrescidas do valor necessário — e que está ou não disponível — para implementar os novos benefícios que farão parte de um pacote mais atrativo para os colaboradores.

2. Faça uma pesquisa interna para identificar os benefícios mais relevantes

Se o plano de benefícios tem como foco o bem-estar dos colaboradores, nada mais justo e coerente do que realizar pesquisas entre eles e identificar o que é mais relevante para o time, certo? Benefícios tidos como “tradicionais”, como plano de saúde e odontológico são excelentes, mas será que fazem sentido para suas equipes?

Exemplo disso é quando uma empresa tem muitos colaboradores de classe alta e que, normalmente, já pagam seus planos de saúde. Nesse caso, pode ser mais interessante contar com bolsas de estudo, por exemplo.

O mesmo é válido, por exemplo, quando a empresa oferece auxílio-creche para times formados, majoritariamente, por pessoas que não têm filhos e que poderiam usufruir muito mais de vantagens como vale-cultura, auxílio à academia, entre outros. Por isso, tenha em mente que entender as reais necessidades dos colaboradores é um passo essencial.

Mas como fazer esse tipo de levantamento? Não tem muito segredo:

  1. você pode realizar uma pesquisa de satisfação interna focada em entender a percepção dos funcionários com a empresa de maneira geral e como veem a oferta de benefícios já disponibilizada pela organização, solicitando sugestões;
  2. ou pode elaborar um questionário com essa finalidade, no qual são feitas perguntas mais diretas sobre os benefícios desejados, com quais estão satisfeitos, entre outras.

Para finalizar este tópico, é importante ter em mente que um bom plano de benefícios precisa ser abrangente e inclusivo, facilitando a utilização pelo maior número de pessoas possível, e não apenas para que pequenos grupos se beneficiem.

3. Atente-se às práticas do mercado

Uma das formas de se destacar no mercado e atrair os melhores candidatos — ou reter os talentos internos — é oferecer vantagens realmente competitivas, aquelas que vão além do que é geralmente praticado pelas empresas.

Outra vantagem disso é conhecer as boas práticas das concorrentes e ter insights para implementar na organização. Às vezes, podem surgir ideias de benefícios que a sua empresa nunca imaginou oferecer, mas que podem ser bastante vantajosas tanto para a companhia quanto para os profissionais.

4. Conheça a convenção coletiva da categoria

Ainda mais importante do que conhecer as práticas da concorrência é atentar-se às normas sindicais da categoria da empresa, pois, se isso não for corretamente observado, é bem provável que haja sanções legais e jurídicas com o tempo.

Existem categorias que estabelecem pisos de valores estipulados para cada serviço ou exigem certos benefícios, como o seguro de vida para algumas profissões. É importante conhecer quais são os deveres da sua categoria, cumpri-los de acordo com a lei e entender que, nesses casos, os benefícios são os direitos dos trabalhadores e não vantagens.

5. Divulgue o plano de benefícios nas vagas em aberto

Quem nunca se deparou com uma vaga de empresa e, quando foi conferir os benefícios oferecidos pela empresa, se deparou com campos em branco ou informações vagas como “a combinar” ou “confidencial”?

Além de frustrante para quem se interessa pelo cargo, não é uma forma eficiente de ressaltar a empresa como uma boa marca empregadora no mercado. Inclusive, pode acontecer de o profissional deixar de candidatar-se por não compreender exatamente quais são (e se há) as vantagens disponibilizadas.

Por isso, ao divulgar uma vaga, tenha atenção em divulgar informações que funcionam como verdadeiros atrativos de profissionais mais qualificados e que decidem pela empresa quando percebem que ela realmente valoriza o capital humano.

6. Tenha uma comunicação clara e divulgue os benefícios

Com a correria das atividades do RH, pode acontecer de algumas informações não ficarem claras durante o processo de onboarding do colaborador. O mesmo acontece quando um novo benefício é implementado ou há alterações nos planos corporativos, por exemplo.

Quando essas situações acontecem, é de extrema relevância que o colaborador seja comunicado e esteja a par de todos os processos e detalhes que envolvem seus benefícios. Isso evita muita dor de cabeça causada por desencontros, conversas mal esclarecidas ou simplesmente, por falta de informação.

7. Associe às vantagens aos cargos e ao tempo de casa

Isso lhe pareceu estranho? Não se preocupe, pois o objetivo aqui não é fazer distinção entre as pessoas, mas sim, valorizar o tempo e o relacionamento da empresa com cada profissional. E como isso funcionaria?

Existem diversas maneiras! Se a sua empresa oferece participação nos lucros, por exemplo, pense em estabelecer uma padronização de valores por tempo de casa. Assim, quem está no time há mais tempo — e é um verdadeiro parceiro da organização —, recebe um pouco a mais como forma de valorização dessa parceria.

Outra forma de reconhecer profissionais que merecem é aumentar o percentual de gratificação daqueles que fazem além de suas metas ou que se destacam pelo serviço de alguma maneira.

Essa é uma boa estratégia para estreitar o relacionamento com os veteranos, mostrar aos mais novos que também poderão ser recompensados pelo esforço contínuo no futuro, além de se tornar uma empresa ainda mais valiosa para quem já veste a camisa.

8. Monitore as melhorias ocorridas na empresa a partir da implementação do plano

Oferecer benefícios competitivos aos colaboradores oferece muitas vantagens para a empresa de maneira geral, afinal, os colaboradores estarão mais satisfeitos e isso é refletido na produtividade interna e no engajamento dos funcionários.

Sendo assim, antes de implementar as melhorias, de fato, faça um levantamento do gargalos atuais enfrentados pela empresa, tais como:

  • alta rotatividade;
  • falta de empenho de alguns profissionais por desmotivação;
  • atrasos e faltas constantes;
  • idas recorrentes a médicos e profissionais de saúde;
  • baixa performance.

Listados todos esses problemas e identificados os impactos deles nas atividades, após a implementação de um bom plano de benefícios faça uma análise do que pode ter melhorado ou não na rotina organizacional.

Veja, por exemplo, se os colaboradores estão mais felizes no trabalho depois que passaram a contar com os benefícios e como isso influenciou a produtividade da empresa, se os índices de faltas e atrasos melhoraram, entre outros aspectos importantes e particulares do negócio.

Ter uma visão geral desse cenário oferece caminhos para que a empresa possa planejar outros tipos de melhorias internas, assim como entender melhor quais são as dores do seu time e como é possível ajudá-lo.

9. Tenha uma boa gestão desses benefícios

Implementar um programa de benefícios não deve ser algo chato, penoso ou burocrático para o RH, afinal, a ideia é usufruir o máximo dos “benefícios” disso. Isso quer dizer que não basta que os colaboradores tenham vantagens se o RH também não tirar proveitos disso com qualidade.

Nesse sentido, vale lembrar que as atividades do setor devem ser cada dia mais estratégicas e focadas em melhorias gerais para a organização e se a implementação dos benefícios for algo que demande mais trabalho e tempo, talvez ela não compense tanto.

Por isso, uma boa medida para oferecer uma boa gestão de benefícios é contar com parceiros especializados nisso e que ficarão responsáveis pela parte burocrática e de toda a “papelada”.

Porém, se a sua empresa prefere fazer a própria gestão dos serviços, é preciso contar com parceiros que otimizem a rotina administrativa como os que oferecem atendimento rápido, e focado em realmente resolver o que é necessário, sem delongas.

Para finalizar, uma dica extra: ofereça benefícios flexíveis, pois eles são ótimos aliados das necessidades dos colaboradores em momentos diferentes. Se a sua empresa está voltando agora ao trabalho presencial, por que não deixar o home office como opção para alguns dias da semana?

Ainda, é possível deixar livre para os profissionais escolherem entre vale-alimentação ou vale-refeição, ou entre auxílio-creche e ajuda de custo com estudos, por exemplo.

O mais importante ao adotar um bom plano de benefícios é colocar as pessoas da sua empresa no centro das decisões que precisam ser tomadas, levando em consideração seus interesses, assim como o que é importante para elas e, ao mesmo tempo, relevante para a companhia.

A Eucard é uma empresa parceira das empresas que estão atentas quanto à importância de oferecer benefícios e que entendem como isso precisa ser estratégico e eficiente ao mesmo tempo. Que tal entrar em contato e nos contar como podemos ajudar na gestão dos benefícios internos?

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