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Necessidade de Capital de Giro (NCG): guia completo para diminuir o indicador

Por

Matheus Vieira

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Necessidade de Capital de Giro (NCG): guia completo para diminuir o indicador

Se tem algo importante para uma empresa, seja pequena, média ou grande, é a Necessidade de Capital de Giro (NCG). Isso porque cada negócio precisa de uma quantia para funcionar sem quebrar, principalmente quando se trata do período entre a entrada e saída de caixa. Dessa forma, é fundamental ter o indicador definido e seguido à risca para evitar surpresas.

Porém, mesmo sendo um assunto fundamental para a saúde da companhia, visando seu crescimento, ainda acontecem alguns erros ao pensar em um valor que faz toda a diferença quando demandado. Por isso, quanto mais você souber como organizar, medir e se precaver para qualquer situação, maiores as chances de não passar por problemas financeiros.

Então, pensando em te ajudar a entender o que é, de fato, a Necessidade Capital de Giro, elaborei o material abaixo com as principais informações. Acompanhe e tire suas dúvidas!

O que é Necessidade de Capital de Giro (NCG)?

Para começar, é fundamental saber o que significa a Necessidade de Capital de Giro. Em linhas gerais, o capital de giro de um negócio é tudo aquilo que está ligado aos valores que ela conta disponíveis imediatamente. Isso quer dizer, por exemplo, a quantia que tem para pagar contas. Ou seja, a liquidez instantânea, rápida, que pode ser acionada sem problemas.

De uma forma ainda mais clara, é só imaginar aquele valor em conta corrente que é usado para quitar uma dívida na hora. Isso pode ser uma conta de luz, a compra de um material para repor o estoque, a contribuição para um colaborador, ou mesmo para fazer reparos na loja física, entre outras situações.

É bom ter em mente ainda que isso vale, inclusive, para o recebimento de um cliente que cairá apenas daqui em um período próximo. Porém, nesse caso, o valor será usado para pagar outra conta que também vencerá mais para frente. Caso precise, no seu banco pode ser pedida essa quantia para suprir qualquer outra necessidade.

Agora, quando falamos no NCG, entenda que ele está atrelado a um cálculo que, por sua vez, ajuda a descobrir o montante que a empresa necessita de capital de giro para não ter nenhum problema no pagamento de contas. Aliás, o fluxo de caixa é usado bastante como base para encontrar essa resposta do que você precisa para não necessitar de empréstimos.

Por que medir a Necessidade de Capital de Giro (NCG)?

Existem alguns fatores determinantes que fazem a Necessidade de Capital de Giro ser fundamental para a sua empresa. O principal ponto é enxergar o que a companhia está precisando, ainda mais quando falamos em retorno financeiro. Não só isso, mas a própria demanda por gastos/compras/pagamentos que acontecem naturalmente no negócio.

A otimização de processos também pode se beneficiar quando há uma NCG bem definida dentro da empresa, sabia? Isso porque você passa a ter mais controle dos passos que a organização terá, como dias certos de pagamento; quem cuidará desse fluxo; as datas limites para quitar dívidas etc. Tem mais, pois há outras vantagens de se medir a NCG.

Identificar qual caminho a empresa está seguindo

Será que, desde que abriu as portas, o negócio realmente segue uma trajetória de sucesso? Como anda a relação do que entra e sai, além dos gastos básicos do dia adia? Você precisa sempre recorrer a terceiros para quitar contas que deveriam estar cobertas? Tudo isso é visto na NCG.

Perceber se o cálculo da NCG indica o negativo

Saber se a empresa está no negativo, quase a ponto de quebrar ou precisar de empréstimo é importantíssimo. Com a NCG, por exemplo, você terá essa resposta, já podendo acionar um plano para correr atrás de ajuda financeira; revisão e contenção de gastos; apostas ou desistência de projetos.

Saber a NCG está positiva

Agora, se o indicador mostrar que os resultados são, na verdade, positivos, eis que poderá seguir alguns caminhos interessantes. Um deles é o investimento. Sabe aquela reforma rápida para o banheiro dos clientes que está parada? Com um capital de giro positivo isso ganha a possibilidade de acontecer.

Além disso, com o cálculo positivo da Necessidade de Capital de Giro, dá também para identificar as áreas da empresa que merecem atenção de investimento. Mas, lembre-se de que isso só terá sucesso se for algo que mostre rentabilidade.

Estar preparado para momentos de incertezas

Esse é o caso da situação em que o Brasil e o mundo se encontram em 2020, com a pandemia do Covid-19. Muitos empresários não estavam preparados para passar por um período difícil, com baixa na circulação de rendimentos e dúvidas quanto à economia. Sem contar com os débitos fiscais programados para o mês de agosto, como o Simples Nacional.

Como calcular?

É possível calcular a Necessidade de Capital de Giro de três formas. Veja só!

Com o ativo e passivo da circulação operacional

A primeira forma de chegar na Necessidade de Capital de Giro da sua empresa é pelo método da comparação. Como entre os valores que pode contar de forma rápida (ativo circulante operacional) e ainda as obrigações dentro de um curto prazo (passivo circulante operacional).

Quando falamos em ativo circulante operacional, estamos nos referindo ao montante que a companhia tem nesse momento em caixa e/ou na conta corrente, além dos recebimentos que serão realizados pelos clientes em um período próximo.

Agora, o passivo circulante está relacionado às obrigações com fornecedores e parceiros, os salários dos colaboradores, aluguel do ponto comercial, contas fixas etc.

Para calcular, é feito o seguinte:

NCG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional

Esse resultado pode dizer, por exemplo, se o passivo circulante operacional foi maior que o ativo. Caso dê isso, você pode contar com esse montante como capital de giro.

Com o uso das contas a receber, pagar e estoque

Outro caminho de chegar à Necessidade de Capital de Giro é usando um cálculo bem fácil de fazer. Aqui, é só pegar o valor das contas a receber, e ir somando com o valor do que está em estoque e diminuir do total das contas que tem a pagar, ficando dessa forma:

NCG = Contas a Receber + Estoque – Contas a Pagar

Com prazos médios tanto de pagamento como recebimento

A diferença desse cálculo para o anterior é que o resultado não vem em forma de quantias, mas sim de tempo. Ou seja, a fórmula vai indicar quanto tempo o negócio conseguirá ficar sem a NCG para pagar suas dívidas. A conta é da seguinte forma:

NCG = prazos médios de recebimento – prazos médios de pagamento

Porém, para chegar ao prazo médio de pagamento (PMP) e no prazo médio de recebimento (PMR) vale a pena contar com a ajuda de outras fórmulas tranquilas de fazer:

PMP = (valor a pagar a fornecedores / compras brutas) x 360

PMR = (valor 1 x prazo 1) + (valor 2 x prazo 2) + (valor N x prazo N)

Daí, é só colocar os valores resultantes na primeira fórmula. Desse jeito, você terá o número ideal de dias que a organização consegue passar de um jeito tranquilo sem precisar da Necessidade de Capital de Giro.

De que forma interpretar os resultados?

Com os resultados da NCG em mãos, os dois caminhos que podem ser apontados por ela são:

  • NCG Negativo: se o cálculo der negativo, significa que a empresa está precisando de capital financeiro vindo de fora. Ou seja: de empréstimos;
  • NCG Positivo: mas, se o cálculo for positivo, não há a Necessidade de Capital de Giro de fora. Nesse caso, você terá um dinheirinho a mais para apostar em investimentos, que ficam a seu critério. As possibilidades são muitas: como outro negócio, maquinário, melhorias no espaço e infraestrutura, contratação de profissionais etc.

Como reduzir a Necessidade de Capital de Giro (NCG)?

Depois de chegar até este material, surgiu para você o questionamento de tentar evitar a NCG? É bom lembrar que esse tipo de necessidade pode e deve ser evitada. Com algumas dicas e ações no dia a dia da empresa, as chances de deixar isso para trás são boas. Vale a pena conhecer algumas e, quem sabe, criar uma estratégia para alcançar esse objetivo.

Negocie prazos com fornecedores

Se você perceber que não conseguirá cumprir com o pagamento dos fornecedores na data marcada, uma boa opção é tentar negociar um prazo maior. Para isso, vale oferecer uma pequena porcentagem a mais, como forma de juros; dar alguns benefícios em serviços e produtos; ou mesmo garantir que o contrato ganhe mais um mês após o vencimento.

Diminua o tempo de recebimento

Esse é, sem dúvidas, um dos maiores problemas enfrentados pelas empresas — principalmente quando o pagamento do cliente é feito por cartão de crédito. Para que o negócio tenha dinheiro mais rápido, com circulação financeira real, é válido estimular o recebimento por mercadorias no dinheiro em espécie.

É hora de pensar em promoções, possibilidades de cartão fidelidade, acúmulo de pontos para receber outros produtos e serviços e mesmo um grande desconto para quem pagar à vista.

Reduza custos supérfluos

O que acha de cortar a compra de papel (apostando no que chamamos de paperless); a substituição de copos de plástico por retornáveis; a diminuição do consumo de energia (abrindo as janelas e evitando o ar condicionado); ou aquelas parcerias que quase nenhum colaborador usa?

Os custos supérfluos são todos aqueles que a empresa não só pode, como deve, pensar em parar de vez. Primeiro porque não há necessidade, segundo que o dinheiro poupado pode servir para investimentos em áreas que realmente estão precisando.

Aprenda a gerenciar melhor o estoque

Toda empresa sabe que se um estoque estiver sendo negligenciado e sem controle, é dinheiro que vai embora e, muitas vezes, cobrará caro no futuro. Para evitar isso, aposte num bom software de gestão, com profissionais experientes na área e que tenham visão estratégica de estoque.

Conte com um bom planejamento financeiro

Isso é algo que deve ser feito desde os primeiros passos do negócio. Afinal, a Necessidade de Capital de Giro surge justamente pela falta de planejamento, quando aparecem situações nada programadas.

Então, o ideal é se planejar financeiramente no decorrer de todo o ano, mas dando uma ênfase maior no fechamento anual e na criação de metas e objetivos para os próximos meses.

Invista o dinheiro que está parado

Sabe aquele dinheiro guardado, que já acumulou e tem uma boa quantia? Pois é, talvez tenha chegado a hora de colocar tudo em cima da mesa para refletir onde ele pode ser aplicado. Investir no próprio negócio nunca é ruim, desde que seja feito de forma inteligente, focada e prevendo resultados positivos.

Pague o vale-alimentação após ser consumido

Isso evita, por exemplo, que um profissional desligado da empresa e, alguns dias antes, tenha recebido todo o vale-alimentação do mês. Ou quando o turnover está em alerta. O mais indicado é deixar para fazer esse pagamento ao final do mês, com a contabilidade certa dos dias e horas trabalhados — o que também evita acúmulo de contas a fazer.

Por que contar com a ajuda da Eucard?

Agora, para não ter problemas com a Necessidade de Capital de Giro, é muito bom poder contar com empresas experientes no apoio a outros negócios. Como é o caso da Eucard, uma ótima parceira para auxiliar na questão da gestão de benefícios, por exemplo.

A marca tem ampla experiência no segmento de alimentação e refeição no Brasil, atendendo empresas de todas as áreas. Além disso, os seus produtos são formulados caso a caso, para atender da melhor forma as necessidades do cliente. Dessa forma, ficará mais tranquilo para você focar as atenções no planejamento financeiro da empresa, entre outros detalhes.

E, então, o que achou de saber o que é a Necessidade de Capital de Giro? Consegue perceber como o assunto é pertinente e precisa de organização, metas e todo um trabalho para que a sua empresa não precise enfrentar nenhum problema com o fluxo de caixa? Não se esqueça de que todo empenho é válido na busca pela saúde do seu negócio, o crescimento das vendas, a fidelização de clientes e a atração de talentos no mercado.

Gostou do nosso material? Se tiver dúvidas ou precisar de ajuda, entre em contato conosco e será um prazer atendê-lo! 

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