O que é depreciação de veículos e como fazer o cálculo?

Por

Assessoria de Comunicação

Compartilhe

Descubra o que é depreciação de veículos e como fazer o cálculo!

Raramente os veículos de uma empresa de transporte são descartados ou recebem perda total. É bem comum que, mesmo depois de bastante tempo de uso, eles sejam vendidos como usados ou que suas peças sejam separadas para venda. E, para garantir que haverá um retorno razoável, é fundamental saber como calcular a depreciação de veículos.

Esse é um problema que merece atenção constante de todo dono ou gestor de transportadora. Se você souber como lidar melhor com essa depreciação, pode obter um retorno maior para cada veículo em seu negócio e otimizar a renovação da frota.

Para lhe ajudar, vou explicar o que é a depreciação de veículos, quais são seus principais fatores, como funciona o seu cálculo e o que fazer para lidar com a questão. Acompanhe.

O que é depreciação de veículos?

O processo de depreciação se refere à perda constante de valor do veículo logo após sair da fábrica. Se ele for revendido como usado, terá uma redução em seu preço de mercado base para cada ano após sua compra, além de outros fatores que afetam sua funcionalidade. A depreciação é mais intensa no primeiro ano, com os veículos chamados de novos ou seminovos.

Entender essa queda de valor é fundamental para o planejamento da sua transportadora. Dessa forma, você pode calcular o tempo ideal de uso até ter que revendê-lo ou desmontá-lo para pegar peças ainda em bom estado.

Quais são os principais fatores na depreciação de veículos?

Mesmo antes de saber o cálculo da depreciação, você pode observar os fatores que mais influenciam sua perda de valor. Os principais deles estão a seguir.

Modelo

Diferentes tipos e portes de veículos também sofrem taxas de depreciação diferentes. Um veículo pesado, como caminhão, SUV ou caminhonete, tende a perder valor mais rapidamente do que carros populares e veículos de pequeno porte. Também há diferenças entre modelos importados e modelos fabricados no Brasil.

Tempo de vida

Quanto mais tempo passa desde a fabricação ou compra dos veículos até sua revenda, maior é sua depreciação, mesmo que não tenham sido usados regularmente. Na realidade, um veículo que fica parado por muito tempo tende a apresentar mais problemas de funcionamento que um que foi usado moderadamente no mesmo período.

Acidentes

Naturalmente, um veículo que esteve envolvido em acidentes e precisou ser reformado ou teve muitas peças trocadas tende a perder parte do seu valor. Mesmo com os reparos adequados, ainda há uma perda de qualidade em diferentes aspectos, como no alinhamento das rodas, das portas, do capô e do porta-malas.

Quilometragem

Junto com o tempo de vida do veículo, outro fator que pesa bastante é a quilometragem no momento da venda. Esse é um dos principais indicadores de desgaste e uso do veículo. A depreciação padrão de veículos no Brasil é de até 20 mil km, com uma queda mais intensa a partir dos 60 mil quilômetros.

Estado de conservação

Apesar da depreciação, ainda vale a pena investir em manutenção e preservação. Quanto melhor for o estado do veículo no momento da revenda, mais alto tende a ser o preço final obtido. Dois veículos fabricados no mesmo ano podem ser classificados como seminovos e usados, dependendo da sua conservação.

Número de modificações

Carros personalizados após a compra também podem ter um índice de depreciação mais elevado. Isso acontece quando há alterações na parte mecânica, já que afetam a garantia do veículo como um todo. Isso se aplica tanto a mudanças diretas, como suspensão, bancos e rodas, quanto à pintura, pois ela também impacta a sua conservação.

Como fazer o seu cálculo?

Existem dois métodos principais para fazer o cálculo de depreciação de veículos em sua frota, dependendo do tamanho do seu negócio e do seu perfil. Veja aqui como eles são feitos.

Cálculo gerencial

Esse é o método mais simples de cálculo, que leva em conta o valor inicial do veículo, o tempo de uso esperado e o preço de venda preterido. Para isso, basta calcular a diferença entre o preço de compra inicial e o de revenda, depois dividir o resultado pelo tempo de uso, em meses. Assim, você terá seu índice de depreciação mensal.

Por exemplo, você compra um veículo no valor de R$ 200 mil e espera vendê-lo por R$ 80 mil dentro de 5 anos. A diferença, que é a depreciação total, será de R$ 120 mil. Dividido por 60 meses, sua depreciação mensal será de R$ 2 mil.

Cálculo contábil

O cálculo contábil é usado por grandes transportadoras, tendo como base as normas estabelecidas pela Receita Federal. Nesse caso, são considerados o valor inicial, o tempo de uso e a taxa de depreciação estabelecida pela Receita.

Seguindo o anterior, vamos assumir uma taxa padrão de depreciação de 20% ao ano. Ou seja, dos R$ 200 mil iniciais do veículo, há uma perda de R$ 40 mil por ano, ou R$ 3,3 mil por mês, aproximadamente.

O valor residual do veículo não fica abaixo de 20% do inicial. Então, no momento da venda, seu valor-base será de R$ 40 mil, sem contar outros fatores que modificam o preço.

Como administrar o impacto da depreciação de veículos?

Se você entender como a depreciação funciona, pode usá-la a seu favor para obter melhor rentabilidade em sua frota. Confira aqui os principais pontos a serem levados em conta.

Avaliação da fabricante

A escolha da marca certa para o veículo também afeta sua depreciação. Se a fabricante sair do Brasil, por exemplo, isso vai afetar o valor de todos os veículos presentes, pois as peças terão que ser importadas.

Revisões preventivas

Além de garantir a segurança dos motoristas, revisão e manutenção são processos importantes para reduzir custos com a depreciação de veículos. Quanto menos reformas o comprador tiver que fazer, melhor será o preço de revenda.

Direção defensiva

Acidentes são sempre um grande risco para a transportadora, tanto para o veículo quanto para os motoristas. Sendo assim, treiná-los em direção defensiva reduz seus riscos a curto prazo e a depreciação.

Com essas orientações, você já pode fazer algumas mudanças para diminuir a depreciação de veículos na sua transportadora. A longo prazo, isso vai facilitar bastante a rotação e o aprimoramento da frota.

Gostou desse conteúdo? Então, não se esqueça de deixar de nos seguir nas redes sociais. Estamos no Facebook, no Instagram, no Linkedin e no YouTube!

Assine e receba nossos conteúdos exclusivos

Receba conteúdos exclusivos sobre RH, negócios e novidades  direto no seu e-mail.

Mais lidas