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Quiet Quitting ou desistência silenciosa: por que essa tendência tem preocupado RHs?

Por

Matheus Vieira

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Quiet Quitting ou desistência silenciosa: por que essa tendência tem preocupado RHs?

Sabemos que muitos profissionais colocam o trabalho como o centro de sua vida e, com isso, muitas doenças de exaustão mental tornaram-se mais presentes nos últimos anos. Mas, uma nova forma de olhar para a vida profissional está mudando esse quadro. É o que chamamos de Quiet Quitting ou desistência silenciosa.

Cumprir com suas obrigações sem fazer horas extras, sem se preocupar com demandas após o expediente ou fazer o mínimo para manter o emprego, mas sem arriscar em novos projetos ou estar à disposição para demandas além de suas funções. Essa nova forma de trabalhar tem levado os RHs a pensar se existiria alguma estratégia para mudar este quadro. Seria possível engajar novamente esses profissionais?

Neste artigo, vou mostrar o que é quiet quitting, quais as suas causas e possíveis soluções para este problema em sua empresa. Confira a leitura!

 Afinal, o que é quiet quitting? 

Quiet quitting, também conhecido como “demissão silenciosa” ou “desistência silenciosa”, é um movimento de busca pelo não esgotamento emocional. O termo descreve os profissionais que continuam trabalhando, cumprindo suas tarefas, mas sem a constante preocupação pelo crescimento profissional.

Apesar da ideia de demissão advinda da expressão, não é isso que o profissional está buscando. A questão é justamente contrária, é a manutenção do emprego, trabalhar para viver e não viver pelo trabalho. Tal posicionamento é reflexo da busca pela vida profissional equilibrada, evitando longas jornadas, tratando horas extras como extraordinárias de fato, e dedicando tempo para a família e o lazer.

No entanto, para as empresas, a falta de engajamento tem afetado a produtividade, pois o profissional cumpre apenas com o necessário. Isso gera outras situações, como o tédio, o desinteresse em novos projetos ou novas funções e a possível desistência de trabalhos tóxicos ou com cargas exageradas.

Quais seriam então as possíveis causas do quiet quitting? 

Uma das causas está presente na geração Z (nascidos em meados dos anos 1990), a qual entrou em um mercado de trabalho que caminha cada vez mais para maior flexibilização das leis trabalhistas. Essa geração também está acostumada ao mundo tecnológico e deixa clara a ideia de que não deseja ter o emprego como o foco central de sua vida.

Desta forma, a geração Z não busca trabalhos exaustivos e sim, ocupações que sejam apenas mais uma de suas atividades naquele dia. Isso acontece porque a exigência das empresas muitas vezes era de horas extras, dedicação total, o que deixava o lado pessoal dos colaboradores prejudicado.

Com a pandemia do Covid-19, as estruturas de trabalho foram alteradas ainda mais. Muitos passaram a trabalhar em casa, o que dificultou muito a diferença entre vida profissional e vida pessoal. Na tentativa de se evitar o burnout (distúrbio psicológico de caráter depressivo por esgotamento físico e mental), surge a tendência de colocar a ocupação em segundo plano.

Outra causa do quiet quitting estaria em problemas existentes dentro da própria empresa, como cargas de trabalho excessivas. Neste caso, o colaborador não consegue cumprir suas tarefas dentro do expediente, de forma que fica obrigado a finalizá-las além de seu horário de trabalho, gerando cansaço e uma certa aversão por sua ocupação.

Ambientes de trabalho tóxicos, com ações ou comportamentos que afetam a qualidade de vida do trabalhador também contribuem com o processo. Até mesmo as regras e políticas da empresa podem ser negativas no sentido de aumentar o estresse profissional.

Por fim, a falta de motivação a título de recompensas também pode ser uma das causas de quiet quitting, já que um benefício, um prêmio ou um ganho extra podem dar suporte para que o colaborador saia de sua zona de conforto. Por outro lado, a falta de um plano de benefícios e premiações podem deixar o trabalho monótono, sendo realizado pelo mínimo possível.

Como solucionar a falta de engajamento e motivação dos profissionais? 

Algumas atitudes da empresa podem contribuir para que essa postura não seja notada nos profissionais, contribuindo para o crescimento da organização. Confira algumas sugestões!

Aposte em benefícios aos colaboradores 

Oferecer um bom plano de benefícios atrai novos trabalhadores e incentiva o aumento de produtividade daqueles que já estão com você. Além disso, o posicionamento de imagem de seu negócio passará a ser outro assim que essa estratégia valorizar seus funcionários.

Vale-refeição, auxílio alimentação, auxílio combustível, assistência médica, auxílio farmácia, assistência odontológica, vale-presente, décimo quarto salário, são exemplos de benefícios que podem ser concedidos pelo seu negócio, motivando ainda mais seus funcionários.

Fortaleça a política/cultura interna da empresa

Saiba identificar possíveis ambientes tóxicos e motive seus supervisores a buscarem o respeito acima de tudo. Ações de reconhecimento também trarão bons resultados. Busque melhorar a comunicação interna a fim de evitar desentendimentos. Realize pesquisas internas para ter conhecimento dos relacionamentos da empresa.

Um ambiente de trabalho equilibrado gera mais comprometimento, diminui o risco de acidentes de trabalho, melhora a imagem da empresa, aumenta a produtividade e qualidade e diminui as chances de responder a processos trabalhistas.

Compreenda o clima da empresa

É importante saber quais são as dificuldades e insatisfações dos profissionais que se dedicam diariamente ao seu negócio. Treinamentos, momentos de alteração na rotina de trabalho e alinhamento com os descontentamentos dos seus funcionários podem ser a chave para oferecer realização.

Uma empresa que ouve e abraça seus profissionais estará sempre à frente das demais. A dedicação virá como reflexo deste acolhimento. Portanto, é interessante investir em eventos, treinamentos e confraternizações que motivem a equipe e os colaboradores, pois o resultado tende a ser positivo para todos os envolvidos.

Neste artigo, vimos como o quiet quitting afeta a vida dos trabalhadores e das empresas e como o pensamento em relação ao trabalho e qualidade de vida se transformou. Desta forma, trazer um bom plano de benefícios pode ser a chave para solucionar a falta de engajamento de seus profissionais. Para isso, você pode utilizar a Eucard como uma parceira para a gestão de benefícios da sua empresa.

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