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Ageísmo e etarismo: qual a diferença entre esses conceitos?

Por

Matheus Vieira

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Pode ser que você nunca tenha ouvido os termos ageísmo e etarismo, mas com certeza já presenciou algum deles. Essas duas palavras parecidas são utilizadas para descrever o preconceito por causa da idade, muito presente em nossa sociedade.

Esse tipo de preconceito traz grandes preocupações para o mercado de trabalho, tendo em vista o rápido envelhecimento da população e o aumento da longevidade. Além disso, é fundamental ter uma equipe de colaboradores engajada e com um bom relacionamento, pois isso afeta a produtividade.

Neste artigo, vou explicar as diferenças entre ageísmo e etarismo e o papel do RH para evitar essas situações. Confira!

O que é ageísmo?

Ageísmo, original do inglês (age, significa idade), refere-se ao preconceito contra pessoas idosas somente pelo fato de serem idosas. Portanto, nesse caso, há uma situação de humilhação ou desfavorecimento em razão da idade.

A grande preocupação quanto a esse tipo de preconceito está no fato de que, na maioria das vezes, ele ocorre sem que haja consciência ou intenção de prejudicar alguém. Assim, temos uma invisibilidade social das pessoas idosas, um tratamento com desdém, que as afastam da sociedade.

Nas empresas, esse fenômeno se destaca com mulheres acima de 37 anos e homens acima de 40 anos. Pode ser exemplificado pelo desprezo na fala desse profissional, pela exclusão em atividades mais complexas ou de grande importância para a empresa, entre outras situações.

O que é etarismo?

Já o etarismo, ou idadismo, refere-se às práticas e atitudes negativas em relação a alguém unicamente pela sua idade. Diferentemente do ageísmo, ele não se concentra apenas em pessoas mais velhas, mas a qualquer tipo de preconceito relacionado à idade. Por exemplo, dizer que adolescentes são preguiçosos.

Outros exemplos de etarismo que podem ser presenciados nas empresas são o incentivo à aposentadoria antecipada, o recrutamento apenas de jovens talentos, a promoção exclusivamente de pessoas com menos de 40 anos, entre outras situações, ainda que ocorram de forma indireta.

Essas atitudes reforçam a falsa ideia de que pessoas mais velhas são desatualizadas, sem agilidade e menos capazes. O termo “superqualificado” pode ser um sinal de discriminação se utilizado para rejeitar a contratação de uma pessoa experiente com base no pressuposto de que ficaria entediado ou insatisfeito e deixaria o emprego.

Qual o papel do RH para combater o ageísmo e etarismo?

Não ouvimos falar de vítimas de ageísmo ou etarismo com a mesma frequência que ouvimos sobre outros tipos de preconceito. É justamente por causa da invisibilidade das pessoas idosas que essas situações acabam passando como naturais e despercebidas pela sociedade.

Deixar de dar importância a essas questões mina oportunidades de crescimento para profissionais mais velhos e deixa fora do mercado uma grande parcela da população. É responsabilidade das empresas conscientizar os colaboradores a respeito do tema, dando abertura para discussão, mostrando situações que exemplificam situações preconceituosas e criando estratégias para integrar e incluir esse grupo de profissionais. 

Neste artigo, expliquei o que são ageísmo e etarismo e suas diferenças. Além disso, vimos exemplos de situações nas empresas que carregam esses preconceitos e que devem ser evitadas, assim como qualquer outra forma de discriminação. Portanto, se a idade não determina habilidade, é importante prezar a diversidade de pessoas dentro das organizações, explorando o melhor em cada uma delas.

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