Sua empresa pensa em aderir ao trabalho remoto? Veja algumas questões!

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Assessoria de Comunicação

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Uma passeada rápida pelo LinkedIn e o assunto está lá, em pauta: “o que aconteceu com as vagas em trabalho remoto?”, “onde encontro oportunidades para trabalhar em home office?”, “o teletrabalho só tem benefícios!”.

Com tantos elogios e demandas, as empresas começam a se questionar se vale a pena adotar esse modelo de jornada, conhecida por trabalho remoto, teletrabalho e home office.

Os termos não apresentam diferença, referem-se aos profissionais que realizam sua função fora do ambiente físico da empresa, conectando-se à equipe, arquivos, realizando entregas via internet. Antes de implementar, acompanhe neste artigo os pontos de atenção. Vamos lá!

O que diz a lei sobre o trabalho remoto

O trabalho remoto foi acrescentado em definitivo na CLT por meio da Lei 14.442/2022, com exceção daqueles que prestam serviço remoto por produção ou tarefa, como freelancers.

A partir da data de publicação da lei (2 de setembro de 2022), o trabalho remoto passou a ser legalmente considerado como:

A prestação de serviços fora das dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação, que, por sua natureza, não configure trabalho externo”.

O fato de os profissionais irem eventualmente para a empresa não descaracteriza o regime como remoto. 

Veja outros dispositivos da lei do home office:

  • a empresa não tem obrigação de arcar com os custos do colaborador para a cidade onde está localizada sua base, caso a mudança ou visita seja apenas um desejo do profissional;
  • as convenções coletivas e legislação local são respeitadas de acordo com o local da base da empresa contratante;
  • caso o contratado esteja fora do brasil, aplica-se a ele os dispositivos da legislação brasileira;
  • estagiários e aprendizes podem ser contratados pelo regime;
  • o contrato de trabalho deve especificar o regime remoto;
  • os colaboradores remotos podem operar em regime de sobreaviso apenas por acordo individual ou coletivo, desde que os repousos e descansos remunerados sejam preservados;
  • tem prioridade na contratação remota os profissionais PCD e pessoas com crianças de até 4 anos sob guarda judicial.

Benefícios para empresas que optam pelo trabalho remoto

Os benefícios do trabalho remoto para os colaboradores são assuntos frequentes no mundo corporativo. A qualidade de vida é um tema constantemente abordado por profissionais.

Esses benefícios são uma via de mão dupla e contemplam as empresas. Veja os principais pontos sobre como a jornada remota também pode ajudar os contratantes.

Contratar pessoas de vários lugares

Uma das barreiras para contratação de grandes talentos é a geográfica. O trabalho remoto elimina esse problema, concedendo às empresas a possibilidade de ampliar a busca por profissionais mais qualificados para cada função, independentemente de onde estejam. 

Diminuir custo com lugar fixo

Manter o espaço físico da empresa não é uma atividade econômica. Os custos fixos são altos e o home-office é uma oportunidade de reduzi-los. Ao liberar todo o time ou parte dele para trabalhar em casa, a empresa pode:

  • se mudar para instalações menores;
  • diminuir a quantidade de escritórios e operar com apenas uma unidade;
  • eliminar o espaço físico permanentemente, alugando salas de reunião ou espaços de coworking quando necessário.

Reduzir o absenteísmo

Você já parou para identificar as principais causas do absenteísmo na sua empresa? Se for estresse do trabalho, doenças virais ou necessidades familiares, como dependentes doentes ou em período de recesso escolar, o trabalho remoto diminui consideravelmente essas ausências.

O profissional não precisa se ausentar do trabalho, pode ligar o computador no conforto de sua própria casa ou de onde precisar. Além disso, deixa de lidar com os estresses do dia a dia, como trânsito, providenciar alimentação e outros detalhes da rotina.

O que considerar na hora de implementar

Para garantir os benefícios listados acima, é importante que a transição entre a jornada presencial e remota seja cuidadosamente planejada. Veja o que considerar.

Ajuda de custo

Muitas empresas enviam equipamentos, como notebooks e smartphones, para os colaboradores. Outras, oferecem uma generosa ajuda de custo para que os profissionais utilizem recursos próprios. É preciso estudar a melhor alternativa para o negócio.

Independentemente disso, é importante oferecer ajuda de custo. Nesse caso, considera-se o artigo 2 da CLT, que estabelece a obrigação do empregador de custear as despesas do negócio. Portanto, como o colaborador tem custos com energia elétrica e internet, é importante conceder um plus na remuneração.

Implementar o cartão de multibenefícios pode resolver essa questão. Essa modalidade de benefícios garante um valor a mais no salário, que o profissional pode usar como quiser.

Horário flexível

Dar aos colaboradores a liberdade de fazer seu próprio horário, por si só, é um grande atrativo. Aplicado ao home office, potencializa a imagem positiva como marca empregadora.

A empresa deve levar em consideração que o horário flexível é mais do que um privilégio. É necessário ter uma forma eficiente de medir a produtividade, fazer o controle de entrada e saída dos colaboradores e conscientizar as lideranças de que a comunicação será assíncrona.

Os profissionais também precisam ter essa consciência. Todos os processos e treinamentos devem ser atualizados para lidar com um ambiente mais dinâmico.

Segurança de dados no trabalho remoto

A segurança da informação é uma preocupação em comum das empresas, mas deve ser reforçada quando os colaboradores migram ao home office.

De um lado, as redes de WiFi caseiras podem ser mais suscetíveis a ataques. De outro, o trânsito de informações online se intensifica. Isso coloca em risco dados de clientes e da própria empresa, sendo necessário investir em uma estrutura robusta de TI e ferramentas que sejam realmente seguras.

É inegável que o trabalho remoto seja uma das condições primordiais para um futuro do corporativo seja mais justo, flexível e inclusivo. Ao lado de outras providências, como a gestão de benefícios inovadores, contribui para posicionar o colaborador no centro da experiência, garantindo satisfação.

Algo tão importante quanto levantar os benefícios aos profissionais é discutir sobre as vantagens para as empresas. Segurança de dados, ajuda de custo e horário flexível são apenas algumas das necessidades do home office bem implementado, mas não podemos ignorar que são apreciados e fundamentais para qualquer modelo de jornada.

Por falar em jornada de trabalho, legislação e remuneração, que tal saber mais sobre horas extras? Veja como ficou a situação após a reforma trabalhista.

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